Pesquisar neste blog

Você acredita que os movimentos sociais, de modo geral, podem contribuir para a inclusão social?

domingo, 9 de outubro de 2011

Boneca Negra

Assista em Vídeos. Este vídeo mostra a "imagem" (concepção) de "belo/bom" e de "feio/mau" que as crianças negras têm em relação a diferença racial. Isso revela que o preconceito racial está cada vez mais cedo sendo "impregnado" na mente das crianças. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ato de racismo no Stand da Editora Abril

Alunas de escola pública sofrem injúria e discriminação racial na XV Bienal do Livro – RJ

por Jorge Zulu, terça, 6 de setembro de 2011 às 22:38 no Facebook

“Não vou dar senha porque não gosto de mulheres negras”, “Você é favelada e preta de cabelo duro”.
Uma das piores formas de discriminação é a feita em função da origem étnica, atingindo a dignidade e integridade do outro.
Isso aconteceu ontem, 05/09, na XV Bienal do Livro – RJ, no Riocentro, quando durante a visitação de alunos o Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Niterói, no stand da Editora Abril/Veja – assinaturas, duas alunas se dirigiram ao atendente da Editora citada para pegarem a senha de acesso para autógrafo com artista e sofreram a prática de injúria e discriminação racial. Depois de ficarem na fila aguardando a vez, o funcionário além de se negar a fornecer a senha de autógrafo para as alunas, também afirmou, verbalmente, que não iria dar senhas porque não gostava de mulheres negras. Mesmo ofendida uma delas insistiu e ainda ouviu que não ia ganhar porque era favelada e de cabelo duro. A aluna citou que o que ele estava fazendo era “bulling”, “crime”. “Ele respondeu que podia ser o que for, e que não ia dar nada para ele”. Voltando com o grupo de colegas, chorando, a Diretora do Colégio ficou sabendo e, ainda no Riocentro, voltou ao stand, se dirigiu ao gerente da Editora denunciando o fato e o funcionário, e ouviu a seguinte frase: “Ele estava brincando”, “Não leve isso a sério, senão vai prejudicar a empresa”.
“Discriminação racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.” Art. 2º, inciso I do Estatuto da Igualdade Racial.
Vendo que não adiantava sua denúncia no local, a Diretora fez um Registro de Ocorrência, na 77ª Delegacia de Polícia, em Niterói, sob o nº 077-05231/2011-01 e encaminhou aos órgãos competentes do Estado (Cedine, Supir).

“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Albert Einstein


Guerreiro
( Poesia de Luiz de Jesus)
Luta guerreiro
Pois a vitória já é sua

Não há navio negreiro

Mas a viagem continua
Rumo a terra prometida
Terra que sempre foi sua

Luta negro, negro luta!
Negro não se abate
O preconceito te insulta
Incitando-te ao combate
Nesta luta não há trégua
Cada dia é um novo desafio
Sê forte e não se entrega
Não deixe que roubem o teu brio

Oriundo da Mãe África
Negro da alma tatuada
Marcada de uma forma trágica
Pela força do corte da chibatada
Muitos guerreiros morreram lutando
Atrás da tão sonhada liberdade
O poeta relata chorando
Tenta esconder com seus versos a maldade
Luther King teve um sonho
E por ele morreu
Dormiu pra esse mundo
E acordou nos braços de Deus

Luta guerreiro, luta negro!
Luta por tua digna dignidade
Luta por teu emprego
Por teu lugar na universidade
Lute pelas cotas
Ainda que façam chacotas
Mesmo que virem pra ti as costas 


Lute por seus direitos
Em frente de peito aberto
Todo e qualquer preconceito
Guerreiro vá a luta
E dela não desistas jamais
Faça do amor sua arma
Da sua cor, a bandeira negra da paz!
Que na guerra das raças
Todo preconceito desfaz

Não permitas guerreiro
Que te lancem em neocativeiro
Hoje livre das correntes
Tentam aprisionar sua mente
Nesta luta de trevas que nunca termina
Que a chama da tua auto-estima
Seja a luz que ilumina
O calabouço da discriminação

Guerreiro lute
Pois esta vida pra ti é um ringue
Sempre haverá quem te humilhe e te xingue
Pois este mundo pra ti é uma arena
Um filme onde o herói entra em cena
Onde o negro nasceu pra lutar
Vá em frente guerreiro
Dê um brado de vitória
Pois é somente lutando
Que iremos construir nossa história
Que o sistema há séculos busca apagar
De nossas negras memórias

É triste esta luta guerreiro
Pois há sangue derramado e almas feridas
Sonhos massacrados, esperanças perdidas
Mas... Mais nobre ainda guerreiro
É sentir esse amor no coração
Em saber que o nosso maior inimigo
Apesar de racista, é alvo do amor de Deus...
E também do nosso perdão
Salve guerreiro!




"E se o lutar de hoje não apresentar luz à liberdade e a igualdade, pelo menos temos que deixar acesa aos nossos descendentes o iluminar da luta que Zumbi iniciou. Temos que ter consciência...... e que ela não deve ser apenas Consciência Negra, mas sim ser uma Consciência Humana, Diária e Contínua..... Pois o ser humano não se faz pela cor da sua pele, e sim, através de um caráter irrepreensível construído sobre o forte fundamento da família e da educação".

Luiz de Jesus®

Como surgiram os Movimentos Sociais no Brasil

Fonte: http://www.geomundo.com.br/geografia-30197.htm. Acesso em 29 de set. de 2011

Mulher grávida é agredida pelo companheiro

Mais um caso de violência doméstica foi registrado na madrugada deste sábado (04). A Polícia Militar foi chamada a Rua Aldina Calmon Costa, no bairro Novo Horizonte, onde a jovem J. S. P, de 20 anos, relatou que foi agredida com golpes de capacete pelo companheiro J.B.S.
O acusado teria chegado em casa pedindo dinheiro para comprar substâncias entorpecentes (drogas) e por recusar o pedido a vítima começou a ser agredida. Grávida de dois meses, J.S.P foi levada ao Hospital Geral de Linhares (HGL) com dores abdominais.

Genivaldo volta a destacar enfrentamento à violência contra as mulheres





Em discurso na Assembleia Legislativa do ES, o deputado GenivaldoLievore (PT) voltou a abordar a luta contra a violência à mulher. Tendo em mãos o documento base com as ações do pacto estadual pelo enfrentamento à violência contra as mulheres, Genivaldo pediu a implementação de políticas públicas para que haja maior visibilidade aos milhares de casos de ameaças, constrangimentos, espancamentos, estupros e assassinatos bárbaros esquecidos no anonimato da esfera doméstica.

“Os crimes são cometidos, em sua grande maioria, por companheiros, parentes próximos ou conhecidos e, por isso também, não são denunciados”, criticou o deputado.

Em seu discurso, Genivaldo lembrou a repactuação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no Espírito Santo, ocorrido no último 16 de setembro no Palácio Anchieta.

“Com a assinatura desse pacto, ficou determinado o compromisso público do governador Renato Casagrande e do presidente do Tribunal de Justiça do ES, desembargador Manoel Alves Rabelo, de manterem as 10 Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher com plantões aos finais de semana e a instalação de sete Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, pois até o início deste ano, não existia nenhuma”, explicou Genivaldo.

O Espírito Santo é o primeiro estado a repactuar o Pacto Nacional, em razão dos índices alarmantes de homicídios, sobretudo, entre as mulheres. Dados do Mapa da Violência de 2010 (Ministério da Justiça e Instituto Sangari) mostram que 10,3% dos homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes são do sexo feminino.

O deputado ressaltou em sua fala a importância da Rede de Atendimento à Mulher e da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 -, como um serviço de utilidade pública, gratuito e de orientação e informação às vítimas de violência doméstica.

A repactuação tem como metas a ampliação da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência no estado em quatro vezes, com o objetivo de capilarizar o enfrentamento à violência no Espírito Santo, além da incidência sobre a diminuição de homicídios e violência sexual.

Atualmente, a rede no Espírito Santo conta com 30 serviços (6 Centros de Referência; 3 serviços de abrigamento; 10 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher; 3 Serviços de Saúde; 3 Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; 1 Promotoria Especializada; 1 Defensoria Especializada e 4 Organismos de Políticas para Mulheres).

No Espírito Santo, os recursos da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) são da ordem de R$ 3.327.465,11. Desse total, R$ 1.905.000,00 são destinados ao Pacto e R$ 1.422.465,00, aos municípios e à capital para desenvolverem ações relativas à autonomia econômica das mulheres.

Fonte: http://blogdogenivaldolievore.blogspot.com/. Acesso em 05 de out. de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

A abertura do ano lectivo e a situação das educadoras e professoras

O Movimento Democrático das Mulheres, no passado dia 22 de Agosto, tomou posição pública, denunciando um conjunto de situações que condicionam (ou violam mesmo a legislação que regula) o exercício do direito das educadoras e das professoras a serem mães, com segurança, apoio social e institucional. Hoje, 29 de Setembro, a Assembleia da República realiza uma reunião plenária, para debater e analisar a abertura do ano lectivo.

Acesse o link abaixo:

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

PRINCIPAIS CONCEITOS ABORDADOS NO MÓDULO 2. UNIDADE 1:

Gênero, Sexo e Sexualidade

Gênero é o modo como a sociedade vão construindo e estabelecendo aos indivíduos do que é ser homem e mulher como formas naturais, apresentando o que é próprio do macho e da fêmea, essas diferenças foram sendo construídas ao longo da história por meio das relações sociais e construídas em cima de valores sociais e não de diferenças instaladas no corpo de cada um. Essas diferenças acabam dando ao homem um certo poder de superioridade e a mulher de submissa, como sendo um sexo frágil, sem defesa. Essa divisão começa desde a infância, e com o passar do tempo vai determinando sobre o comportamento de ambos e determinando o papel de cada um na sociedade, os espaços que devem ocupar e como cada um deve se comportar.

Mostrou que sexo é o que distingue e diferencia a condição de macho e fêmea através doa órgão genitais masculinos e femininos. Sexo também diz aos prazeres dos corpos que leva cada um a um desejo através das sensações, sentimentos e emoções, de acordo que foram construídos com cada sexo, cultura, regras, crenças religiosas e morais. É o contato corporal de pessoas do mesmo sexo ou sexo oposto, manifestando assim a sexualidade em cada indivíduo no momento propício.

Neste mesmo viés a unidade apresentou essa grande diversidade em relação a sexo e gênero, as formas de manifestações de cada grupo, as lutas e também algumas conquistas.
  • Identidade de gênero: quando o sexo biológico ou seja, macho ou fêmea se identifica ou não como sendo homem ou mulher;
  • Orientação sexual: é o sentimento de desejo emocional, afetiva ou sexual que podemos ter por alguém, seja por indivíduo do mesmo sexo ou sexo oposto, podendo ser heterossexual, bissexual e homossexualidade;
  • Movimento feminista: responsável por grandes mudanças ocorridas na segunda metade do século XX. Esse movimento mostrou a sociedade a respeito das discriminações sobre as mulheres, que viviam sobre o domínio de autoridade e poder masculino, essas discriminação e aconteciam no ambiente familiar e nas guerras, aonde as mulheres sofriam mutilações, estupros, etc. Esse movimento abordou o machismo em relação aos salários, afazeres domésticos e o poder masculino. Esse movimento lutou pelas desigualdades de gênero na educação, saúde, , política e em várias áreas de trabalho. No ano de 1960 o movimento feminista voltou-se para as questões sobre a saúde da mulher e também conquistou alguns direitos da mulher. O marco do movimento feminista no Brasil é o ano de 1975, por inciativa da Onu este ficou como o Ano internacional da mulher ;
  • Feminismo liberal:defendia que os direitos da mulher através do movimento feminista poderia ser conquistado, se caracteriza pelo individualismo, os direitos poderiam serem alcançados dentro do mundo capitalista;
  • Feminismo marxista: defendia a abolição do capitalismo e a favor do socialismo como forma de libertação do sexo feminino, afirmando que o sistema capitalista leva as mulheres a opressão;
  • Anistia política: durante a ditadura militar algumas mulheres deram as viadas por uma sociedade democrática, abandonaram casa e famílias e atá foram pressas pelo governo, sendo submetidas por torturas, estupros e assassinatos. Diante disso alguns grupos liderados por mulheres se organizaram como forma de comabater essa violência política;
  • Homossexualidade: o indivíduo que se sente sexualmente atraído por pessoas do mesmo sexo, eram aliados ao movimento feminista e ao movimento negro, lutavam contra a opressão sexual e a abolição de hierarquia de gênero.
  • Heteronormatividade: é o termo usado para diferenciar macho e fêmea, colocando que as relações sexuais se dão somente entre pessoas de sexo oposto.
  • Masculinidade: é a imagem que a sociedade impoe sobre os sujeitos machos, sua superioridade de poder em relação a fêmea, colocando a mulher como submissa ao papel do homem;
  • Transgênero: é quando o gênero não corresponde ao papel que a sociedade atribui ao nascer.
Referência Bibliográfica
HEILBORN, Maria Luiza; ARAUJO, Leila; BARRETO, Andréia (Orgs).GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS EM GÊNERO E RAÇA/GPPGR: módulo 2.Rio de Janeiro: CEPESC;Brasília: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.


Leia a continuação dos principais conceitos estudados no Módulo 2 em: Módulos-Conceitos.