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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Metroviários denunciam programa Zorra Total por estimular violência contra a mulher

(R7Notícias/Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindicato dos Metroviários de São Paulo)O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários de São Paulo divulgou carta aberta à população, distribuída nas principais estações do metrô paulistano, em que pede que o quadro "Metrô Zorra Brasil", do humorístico Zorra Total (TV Globo), seja retirado do ar.


Em entrevista ao Portal R7, Alex Fernandes, do conselho fiscal da diretoria do Sindicato os Metroviários de São Paulo, explica: "Nós fizemos uma carta aberta à população, uma prática que temos todos os meses, e o foco foi uma denúncia de que o programa Zorra Total estimula a violência contra a mulher no transporte do país. Fizemos um debate, uma intervenção no sentido de que este tipo de programa incentiva a violência contra mulher no transporte do país afora. Nós pedimos que a rede Globo retire este quadro de sua programação. Que continue com o trem, mas o programa não pode exibir algo que estimule a violência contra a mulher".



Segundo Alex, "na distribuição da carta aberta, no contato com a população, tanto homens quanto mulheres tiveram uma aceitação muito positiva. Tivemos muita gente apoiando a nossa iniciativa. Estamos acreditando que teremos pelo menos uma reflexão na sociedade".



Outro lado

Em nota, a Rede Globo negou que o programa estimule a violência contra a mulher e ressaltou que o objetivo do quadro é de apenas “entreter o telespectador”. Leia a seguir na íntegra a nota enviada ao R7 pela Central Globo de Comunicação:



“O Zorra Total é um programa humorístico cujos quadros trazem situações fictícias dissociadas da realidade. O quadro em questão não incita qualquer comportamento, muito menos a violência contra a mulher. Seu objetivo é entreter o telespectador, no que, acreditamos, é bem-sucedido. A TV Globo se orgulha de ser um veículo de comunicação que sempre defendeu os direitos da mulher em campanhas de conscientização, no seu conteúdo jornalístico e nas ações de responsabilidade social veiculadas em suas obras de dramaturgia.” 



Veja abaixo a carta aberta que o Sindicato dos Metroviários de Sao Paulo está divulgando:
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Católicas pelo Direito de Decidir

Católicas pelo Direito de Decidir é uma entidade feminista, de caráter inter-religioso, que busca justiça social e mudança de padrões culturais e religiosos vigentes em nossa sociedade, respeitando a diversidade como necessária à realização da liberdade e da justiça. Constituiu-se no Brasil em 1993, formalizando-se juridicamente em 1994, e atua em articulação com uma rede latino-americana (Católicas por El Derecho a Decidir), com Catholics for Free Choice, dos Estados Unidos, e com companheiras na Espanha. CDD/Br promove os direitos das mulheres (especialmente os sexuais e os reprodutivos) e luta pela igualdade nas relações de gênero e pela cidadania das mulheres, tanto na sociedade quanto no interior da Igreja Católica e de outras igrejas e religiões, além de divulgar o pensamento religioso progressista em favor da autonomia das mulheres, reconhecendo sua autoridade moral e sua capacidade ética de tomar decisões sobre todos os campos de suas vidas.

O público beneficiário do trabalho de CDD/Br, de forma mais ampla, é toda a sociedade brasileira, pois a religião é um elemento importante da história e da cultura do país. Isso se dá de tal maneira que até mesmo as pessoas que se declaram não religiosas têm a vida afetada, de alguma forma, pelo ideário religioso e pela interferência pública, tanto das religiões quanto das igrejas, seja pelo discurso, seja por ações políticas diretas. Entretanto, como o impacto do ideário religioso afeta mais fortemente alguns segmentos do que outros, fazemos um recorte para que nossas ações tenham possibilidade de serem mais efetivas no enfrentamento das maiores injustiças. Assim, especificamente, os segmentos que sabemos mais vulneráveis são as mulheres, os/as jovens, o GLBTT, negros/as e camadas mais pobres da população. Sendo assim, nossas ações estão preferencialmente voltadas para esses segmentos.

Fonte: http://www.catolicasonline.org.br/QuemSomos.aspx. Acesso em: 30 de set. de 2011.

Dilma apresenta respostas insuficientes às mulheres da Marcha das Margaridas


Na plenária final da Marcha das Margaridas, encerrada há pouco, a presidenta da República, Dilma Roussef apresentou algumas respostas do governo federal às 158 reivindicações das trabalhadoras rurais.
Apesar de não ter tido acesso ao caderno de respostas entregue por Dilma a Carmem Foro, Secretária de Mulheres da CONTAG, com base no discurso da presidenta, Silvia considera que os compromissos apresentados pela presidenta ficaram muito aquém do esperado, sem apresentar um compromisso com ampliação do acesso à terra. “Houve apenas um compromisso com a assistência governamental às comunidades assentadas, o que é insuficiente”, disse Silvia.
Em relação à saúde da mulher, as respostas também não atenderam às expectativas da coordenadora da AMB. “A pauta de reivindicações do movimento de mulheres rurais, que demandou o reforço à politica integral de atenção à saúde da mulher, não foi atendida”, afirma. Dilma apresentou iniciativas pontuais como a criação de 16 unidades fluviais (oito em 2011 e oito em 2012) de atendimento à saúde na região amazônica, a criação de dez unidades de atendimento à saúde de trabalhadores e trabalhadoras rurais no Brasil e o reforço à Rede Cegonha, que não estava na pauta de reivindicações apresentada pela organização da Marcha das Margaridas.


A Articulação de Mulheres brasileiras, parceira da CONTAG na organização da Marcha, foi representada na mesa de encerramento por Nilde Sousa, Secretária Executiva Nacional.
Fonte: http://www.articulacaodemulheres.org.br/Acesso em:30 de set. de 2011

Militantes da AMB na Marcha das Margaridas


A Marcha das Margaridas 2011 levou para as ruas cerca de 70 mil mulheres de todo o Brasil, na capital federal, hoje pela manhã. A AMB participou da Ala Saúde e Direitos Reprodutivos, dentro da ala da região Norte. As mulheres dos Tambores de Safo, do Ceará, marcaram o ritmo das militantes, com gritos de desordem. As Loucas de Pedra Lilás também fizeram uma performance sobre a transposição do Rio São Francisco. Nossos chapéus e pirulitos coloridos deram o tom da diversidade de nossa articulação dentro desta que é uma das maiores manifestações dos movimentos sociais e do movimento de mulheres do Brasil.
Participaram da Marcha das Margaridas representantes de 18 agrupamentos estaduais das AMB, que se concentraram desde as 5h30. A concentração foi na Cidades das Margaridas, montada no Parque da Cidade, e a partir das 6h30 as cerca de 70 mil mulheres marcharam em direção ao Congresso Nacional, onde foi encerrada o ato político.
Fonte: http://www.articulacaodemulheres.org.br/Acesso em 30 de set. de 2011

Maioria aprova a Lei Maria da Penha, mas acha que punição deveria ser mais rigorosa, diz pesquisa

(Agência Câmara) A Lei Maria da Penha (11.340/06), que protege a mulher vítima de violência doméstica, foi aprovada por 95,5% dos entrevistados em pesquisa realizada pela Câmara dos Deputados; 77,5% dizem conhecer o conteúdo da lei, mesmo que em parte; 90,7% acham que os agressores deveriam ser punidos com mais rigor.

Há cinco anos, no dia 22 de setembro de 2006, a lei entrava em vigor. Saiba mais sobre a Lei Maria da Penha acessando o infográfico no site da Agência Câmara   

Realizada entre 30 de junho e 11 de agosto de 2011, a sondagem sobre a percepção da população brasileira em relação aos cinco anos de vigência da lei foi realizada mediante ligação espontânea para o Disque-Câmara (0800 619 619), serviço telefônico gratuito.

Dos 1.295 entrevistados, 77,5% declararam conhecer o conteúdo da lei, ainda que parcialmente; 90,7% acham que a punição dos agressores deveria ser mais rigorosa. “São pessoas que já podem, minimamente, invocar a lei para exercer seus direitos”, diz a consultora da pesquisa, Giovana Perlin, especialista em estudos de gênero, família e sexualidade. “Levando-se em conta que o percentual dos que aprovam as medidas é maior do que o percentual dos que conhecem o conteúdo da lei, alguns entrevistados aprovam medidas punitivas mesmo sem conhecê-las”, complementa.

Giovana destaca que não houve diferenças estatísticas significativas na percepção de homens e mulheres. “Ambos mostram intolerância em relação à violência contra mulher”, afirma.
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Segundo a diretora-executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, a pesquisa da Câmara revela uma mudança na percepção da população sobre a violência doméstica. “Antigamente, a sociedade brasileira tinha a percepção de que era um problema privado. Hoje a sociedade reconhece a violência doméstica como um problema social sério, que necessita de intervenção do Estado.”

A coordenadora da bancada feminina na Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), lembra que a Lei Maria da Penha é considerada uma das três melhores do mundo na área de proteção à mulher pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, mas é necessário colocá-la totalmente em prática. “Falta implementar tudo o que está na lei, a partir de políticas públicas integradas, incluindo as áreas de educação, cultura e saúde”, explica.

Mulheres estão mais encorajadas a denunciar agressões, diz deputada


A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que foi relatora da Lei Maria da Penha na Câmara, afirma que, nos últimos cinco anos, as mulheres se viram mais encorajadas a denunciar seus agressores, por conta da existência da lei e pelo melhor preparo das instituições. Segundo ela, o elevado número de denúncias de agressões contra a mulher apontado em pesquisas recentes não significa aumento da violência doméstica. “Aumentou o número de denúncias, e não de casos de violência”, diz.

Jandira Feghali defende a destinação de mais recursos do orçamento do Poder Judiciário e do Poder Executivo para a criação de juizados especiais, delegacias da mulher, abrigos e para a qualificação de profissionais especializados em atender as mulheres. A deputada vem cumprindo o que chama de “roteiro feminino no poder” – isto é, visitas a mulheres em cargos no poder para ajudar a sensibilizar para o problema da violência doméstica.

A diretora do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo, também defende a criação de mais centros de referência de apoio à mulher e de casas de abrigo para as mulheres agredidas. Segundo ela, existe na sociedade um pacto de silêncio sobre a violência doméstica e, quando a mulher rompe esse silêncio, ela começa a correr riscos maiores de agressão por parte dos homens.

Acesso em 30 de set. de 2011

Diretrizes para a Participação das Mulheres nos Espaços de Poder e Decisão do II PNPM

O II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) resulta das ações aprovadas na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada em Brasília, em agosto de 2007.
Esse processo foi promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), em parceria com órgãos da administração pública federal e com gestores de políticas para as mulheres, e envolveu quase 200 mil mulheres em conferências municipais e estaduais realizadas em todas as unidades da federação.

O Plano está dividido em 11 eixos temáticos e indica as 388 ações a serem implementadas – assim como seus prazos e os órgãos responsáveis - para reduzir a desigualdade entre mulheres e homens no país.

Entrevista destaca aspectos da vida privada da presidenta e recebe críticas de ativistas do movimento de mulheres

(O Estado de S. Paulo/Fantástico) Entrevista exclusiva de Dilma Rousseff concedida ao programa Fantástico, da TV Globo, destacou, além de questões políticas como o combate à corrupção e a criação de um novo imposto para o financiamento da Saúde, diversos aspectos da vida privada da presidenta. Veja a seguir alguns trechos destacados pelas reportagens dos jornais Estadão e O Globo e as críticas de ativistas do movimento de mulheres:


A presidente (...) rejeitou o termo faxina para as ações contra desvio de dinheiro público. "Faxina você faz às 6h da manhã, e, às 8h, ela acabou. A atividade de controle do gasto público, na atividade presidencial, jamais se encerra", comparou.

"À pergunta sobre a fama de durona, disse que dá 'bronca meiga' e que, se o presidente fosse homem, não seria chamado de 'durão'. 'Tenho que achar que vai sair um pouco mais perfeito e que a gente vai conseguir. Se eu não fizer isso, eu não dou o exemplo e as coisas não saem.'
"Embora tenha chamado o cabeleireiro Celso Kamura para fazer o penteado e a maquiagem que exibiria no programa, Dilma contou que, no dia a dia, cuida sozinha do próprio visual. Disse estar bem de saúde e revelou que, depois de curada do câncer, faz revisões médicas a cada seis meses. 'A questão do câncer é resolvida quando se consegue detectar cedo', comentou."

"Dilma levou a equipe do programa para um tour pelo Alvorada e disse que seu ambiente favorito é a biblioteca. Tanto no Alvorada quanto no Planalto, porta-retratos com a mesma foto: o neto Gabriel usando uma camiseta com a inscrição 'Sou da vovó'."


"Sobre a vida no Palácio da Alvorada, Dilma contou usar apenas a parte de cima, onde, brincou, é preciso 'andar um quilômetro' para fazer um café à noite."

Nota de apoio à Presidenta Dilma Rousseff e de repúdio à entrevista da TV Globo
As participantes do Seminário "A Democratizaçao da Gestão Pública e Projeto Feminista - mais políticas, mais recursos", realizado de 11 a 13 de Setembro, em Brasília, pela Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) divulgaram nota pública com críticas ao jornalismo da Rede Globo em razão da maior parte das perguntas dirigidas pela jornalista Patrícia Poeta à presidenta em entrevista veiculada no programa Fantástico, no domingo (11). A seguir, trechos da nota:

"A presidenta Dilma, mulher com atuação política de longa data, se viu obrigada a responder perguntas medíocres e cretinas sobre sua aparência, hábitos pessoais….enfim, amenidades. (...) Seja como for, por incapacidade ou preconceito, o Fantástico foi indelicado, desrespeitoso e ofensivo à inteligência e capacidade da mulher, que, pela força do voto da maioria da população brasileira, ocupa o hoje o lugar de presidente." 


Fonte:

Acesso em 30 de set. de 2011


Dilma fala na ONU sobre participação política das mulheres


(Folha de S.Paulo/G1/O Globo) A presidenta Dilma Rousseff destacou, durante discurso em Nova York, que tem se empenhado para "aumentar a participação feminina nas instâncias decisórias". Ela participou do Colóquio de Alto Nível sobre Participação Política de Mulheres, promovido pela ONU .

"Dez ministérios do meu governo são comandados por mulheres. Em especial, quero enfatizar que o núcleo central do meu governo é constituído por mulheres ministras", disse Dilma reafirmando sua ação em aumentar o número de mulheres em espaços de poder e decisão.

A presidenta, no entanto, ressalvou que ainda há muito a ser feito. "Fui eleita a primeira mulher presidente do Brasil 121 anos depois da proclamação da República e 68 anos depois da conquista do voto feminino. Somos 58% dos eleitores, mas apenas 10% do Congresso Nacional", afirmou.


Segundo a presidenta. a questão de gênero está "longe de ser um tema acessório", mas uma "prioridade na agenda internacional". "São as mulheres as que mais sofrem com a pobreza, o analfabetismo, as falhas dos sistemas de saúde, os conflitos e a violência sexual. A crise econômica e as respostas equivocadas a ela podem agravar esse cenário."

Ao lado da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e da diretora-executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, Dilma repetiu o teor de sua declaração feita no programa de rádio "Café com a Presidenta" em que comentou o discurso que realizará na abertura da Assembleia Geral da ONU. "Depois de amanhã, serei a primeira mulher nos debates da Assembleia Geral das Nações Unidas. Gostaria de compartilhar esta honra com todas as mulheres que estão aqui presentes, em especial com a secretária Michelle Bachelet, primeira mulher na América do Sul a ser eleita presidente do seu país". Dilma ainda elogiou a criação da ONU Mulheres.
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Sentadas lado a lado, a secretário de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, elogiou a presidenta Dilma Rousseff, dizendo que a brasileira é uma mulher que ela "admira" muito.

A presidenta disse que "as mulheres são especialmente interessadas na construção de um mundo mais pacífico e seguro". "Quem gera a vida não aceita a violência como forma de solução de conflitos", disse Dilma.





quinta-feira, 29 de setembro de 2011

3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES ACONTECE EM COLATINA

Vai acontecer na próxima quinta-feira, 25, das 8 às 18 horas, na Câmara Municipal de Colatina, a “3ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres”. Na ocasião, gestores públicos, representantes da sociedade civil e membros da comunidade terão a oportunidade de debater sobre avanços, ameaças e perspectivas para o fortalecimento da autonomia econômica, social, cultural e política das mulheres, contribuindo para erradicação da extrema pobreza e para o exercício pleno a cidadania das mulheres.


Haverá também palestra com o tema “Equilíbrio + Igualdade = Fortalecimento Político das Mulheres”, ministrada pela conselheira Estadual do CONDDIM (Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher de Colatina), advogada e assistente social Naides Silvas Nascimento, além de eleição dos delegados. O evento é uma realização da Prefeitura de Colatina, por meio do Conselho Municipal e da Secretaria de Assistência Social.

PREFEITURA MUNICIPAL DE COLATINA PROMOVE CONFERÊNCIA SOBRE DIREITOS LGBT

Fonte: http://www.colatina.es.gov.br/noticias/mostrar_noticia.php?area=assis&materia=3466. Acesso em 29 de set. de 2011.

Colatina : Parada Gay reúne mais de 3 mil

20/08/2007: Nilo Tardin 



Mudanças na lei. Edson de Oliveira e o companheiro, Gilmar Aguiar Barbosa, defendem a liberação do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo e a possibilidade de adoção de crianças 

A Parada Gay de Colatina invadiu ontem a Praça do Sol Poente quando cerca de 3,5 mil pessoas participaram do 3º Manifesto GLTB (Gays, Lésbicas, Travestis e Bissexuais) na defesa dos direitos humanos e no combate a violência e discriminação contra os homossexuais.

Colatina livre da Homofobia foi a questão que predominou no discurso dos participantes do evento mais colorido do Norte do Espírito Santo. Sem máscaras, os manifestantes comemoraram a aprovação da lei que criminaliza a homofobia no âmbito do município. Mais politizada do que nos anos anteriores, a parada gay colatinense já é considerada uma das maiores do Brasil e os resultados começaram a aparecer. Um dos criadores do movimento, Vanily Borghi, presidente do GOLD (Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade) de Colatina, percebe que no dia-a-dia as coisas mudaram um pouco. 

"Sinto que as pessoas aprendem a conviver e respeitar nosso jeito de ser", destacou. O fanatismo de grupos religiosos foi criticado pelos manifestantes. 

O aparecimento de casais gays em público foi marcante na manifestação realizada na Avenida Delta. Morando juntos há seis meses, o motoboy Edson de Oliveira, 24 anos e auxiliar administrativo Gilmar Aguiar Barbosa, 22 anos saíram de Vila Velha prestigiar a festa. 

"A sociedade precisa de mente aberta para entender as diferenças. Um movimento forte como esse contribui para que a legislação avance no sentido da união entre pessoas do mesmo sexo e na adoção de crianças", disseram. 

O autor da lei que torna homofobia crime, o vereador Genivaldo Lievore diz que o município saiu na frente ao tratar com consideração a preferência sexual das pessoas. A Câmara dos Vereadores também instituiu o 17 de maio como o Dia Municipal de Luta Contra a Homofobia.

A opinião de cada um 

Espaço privilegiado
Tadeu Marino - Secretário de Saúde de Colatina

"É uma situação oportuna para discutir temas de saúde pública, entre os quais sexo seguro. É um espaço privilegiado para expressar opiniões e esclarecer dúvidas. Está inserido no nosso plano de metas do DST/Aids. Trata-se de um avanço na luta de inclusão social e na tolerância com a identidade e orientação sexual de cada um". 

Pela igualdade
Moa - Presidente da Câmara Municipal de Nova Venécia

"Considero o Manifesto GLTB de Colatina um passo fundamental na conquista de direitos e oportunidades cada vez maiores. Temos que deixar para trás uma época de violência e assassinatos de homossexuais. São movimentos que consolidam a cláusula maior da Constituição Federal, quando diz que somos todos iguais perante a lei".

Ela é capixaba
Cetro e coroa. A capixaba Ianka Ashylen venceu ontem o concurso Miss Brasil Gay, em Juiz de Fora, Minas Gerais. JORNAL A GAZETA